Crise Biológica no Cretácico.pdf (3,3 MB)
Como tema de trabalho para o 2º período, escolhi o tema "Extinção em massa: Crise biológica no Cretácico". Este tema, que fiz em conjunto com a minha colega Inês Ferreira, fez-me recordar algumas matérias dadas em anos anteriores e aprender novas coisas.
O período Cretácico pertence à Era Mesozóica que também pode ser denominada "Era dos grandes répteis". No limite Cretácico-Cenozóico ocorreu a extinção de cerca de 75% de todas as espécies existentes na altura, incluindo os "famosos" dinossauros. Estes grandes répteis habitaram o planeta Terra na Era Mesozóica e dominaram-na desde do período Jurássico até ao Cretácico. Eram animais de grande porte, chegando a pesar toneladas, e devido ao seu peso tinham dificuldades de locomoção. Alimentavam-se sobretudo de insectos, carne, fruta e vegetais. Alguns exemplos de dinossauros carnívoros são o Tiranossaurus Rex ou o Alloosaurus. Contudo, existiam também dinossauros herbívoros que serviam de alimento aos dinossauros carnívoros, como são exemplos o Tricetops, Parassaurolophus, Brachiosaurus e Apatosaurus. Durante o período Cretácico também existiam vários invertebrados marinhos como as amonites, as belemnites e os braquipódes.
Extinção em massa pode classificar-se como um em que existe um grande número de animais e vegetais que são extintos simultaneamente.
Para saber a razão desta extinção, ao longo dos anos foram surgindo teorias. Estas teorias dividem-se em dois grupos: as teorias cosmológicas e as teorias geológicas. Como exemplo das teorias cosmológicas temos a teoria apresentada por Luis Walter Alvarez e, pelo seu filho, Walter Alvarez, que se basearam em descobertas de íridio (um material raro na superfície terrestre, mas bastante abundante nos meteoritos) em Itália, para afirmar que a Terra terá sofrido a extinção cretácica devido a um meteorito que chocou brutalmente com a Terra. Este meteorito terá lançado na atmosfera poeiras que levarão a que a Terra ficasse permanentemente escura durante, no mínimo 3 anos. Esta teoria ainda ficou mais fortificada após dois investigadores de uma petrolífera mexicana, Glenn Penfield e António Camargo, terem encontrado uma cratera de impacto ao largo do porto de Chicxulub, no México.
Fig.1 - Imagem do local onde está a cratera de Chicxulub, México
Estudos afirmam que esta é a cratera de impacto de há 65 milhões de anos, que terá provocado a extinção. Contudo, hoje em dia, há cientistas que dizem que aquela cratera é apenas mais uma de muitos e que nada tem a ver com a extinção cretácica, pois esta cratera será mmais velha do que essa extinção.
Uma teoria geológica apresentada refere que, durante este período, existiam movimentos de afastamento de placas. Como as forças destes movimentos terão sido brutais, terão provocado um evento de vulcanismo intenso que terá, não só, lançado poeiras e gases para a atmosfera, como terá também libertado grande mantos de lava. Esta teoria é defendida pelos cientistas que acreditam que esta extinção foi um evento lento e gradual. Uma das evidências que sustenta esta teoria é Decão, na Índia. Neste local são visíveis estratos de rochas basálticas, cuja idade será 65 milhões de anos, e que representa a lava solidificada da altura da erupção vulcância.
Fig.2 - Decão, Índia
Qualquer um dos dois eventos em cima referidos teriam causado grandes perturbações nas cadeias alimentares dos animais. Por exemplo, como a luz solar não conseguia chegar à superfície terrestre, as plantas não conseguiam fazer fotossíntese e morreriam. Os dinossauros herbívoros deixariam de ter alimento e, consequentemente, também morriam. Os dinossauros carnívoros, que se alimentavam dos dinossauros herbívoros, acabariam também por sucumbir à fome.
Existe ainda outra teoria denominada alterações climáticas que refere que durante o período Cretácico terão surgido as estações do ano mais diferenciadas e que, com isto, os animais de sangue frio (animais poiquilotérmicos cuja temperatura do seu corpo varia consoante a temperatura do meio ambiente) não terão aguentado variações tão grandes de frio e calor.